Vamos falar sobre o dia dos los muertos?

05:54 Thiago Galvão 0 Comments

Não é de hoje, e quem me conhece vai saber confirmar, que eu sou levemente tendencioso quando falamos sobre cultura de países. Apaixonado sou por diversas delas, simplesmente pelo fato que é incrível ver diversos pontos de uma mesma coisa visto por povos diferentes.


A morte é uma delas. Quem já ficou com um frio na barriga só de pensar nisso levanta a mão?! Pois é! Não é um assunto muito fácil, é bem delicado. Mas desde 2011, mais ou menos, eu tenho estudado um pouco sobre a morte e como diferentes países lidam com ela.

Aqui no Brasil, é muito comum que sejam velados os corpos dos nossos entes queridos e que todo os 2 de novembros façamos visitas ao túmulo, fazendo com que possamos orar para que a alma de quem queremos esteja em bom lugar. Uma data fúnebre, com poucas cores e repleta de sentimentos pesados.

Em partes eu até concordo, é uma data de relembrar os que se foram, foi criada pensando nisso. Mas algo na cultura de um país da América do Norte me fascina muito: o México.

Em 2 de Novembro na verdade é celebrado desde 31 de outubro, o Dia de los Muertos é celebrado bem diferente do que aqui no Brasil. Cores, festa, lembranças boas, bem como as energias.

Para quem nunca assistiu, já fica a dica para ver a animação The Book of Life, de 2014 e dirigida por Jorge R. Gutierrez, retrata de maneira fantasiosa a grande sacada que é a celebração e a cultura aos mortos. A maneira carinhosa de mantermos todos na "Terra dos Lembrados".

Junto com essas celebrações, existe uma figura um pouco já conhecida por nós e que está sempre presente em decorações, tatuagens, festas de halloween... a Caveira Mexicana, que na verdade é La Catrina. Ela faz referência ao feminino da palavra catrín, que significa homem elegante e bem vestido.

Apesar de criada em 1903, por José Guadalupe Posada, só foi batizada com o nome 40 anos depois por Diego Riviera.

Tá, mas e aí Thiago? Bom, ela não passa de uma figuração de uma gigantesca critica social que eu, realmente queria que vocês pensassem hoje: Na época, os astecas esqueceram suas origens indígenas, cobrindo-se de tecidos coloridos, luxuosos, vindo dos colonizadores espanhóis. 
O simbolo asteca (caveira) junto às cores e tecidos espanhóis, nos fazem lembrar que as diferenças em vida, sejam elas raciais, sociais ou econômicas, não significam nada diante da morte.

Eu acredito que todos tem que ter consciência e respeito para com todos os países e culturas. A questão é: absorva o que faz bem! Pare para pensar sobre isso hoje, quando lembrar de seus entes que se foram!


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